Sempre me achei diferente de todos. Não, eu não me sentia mais especial que o resto da humanidade. Me sinto diferente porque sempre senti diferente. Falo de intensidade e sensibilidade. Sofri um muito, aprendi em dobro. Descobri que a gente nunca deve insistir em quem só aprendeu a subtrair.
sábado, 30 de outubro de 2010
Ai acontece de novo, ai ele chega, ai eu cedo um pouquinho porque saudade é uma coisa que mata se a gente não matar. Na ultima semana a gente se viu, assim, você me liga e no outro dia já ta no hall do meu prédio e quando você vai embora o porteiro pergunta: Voltou? E eu respondo “Voltou sim, mas já foi embora”. Eu sei que digo por ai que amor não é obrigação, e falo muito como eu odeio prisão sentimental, e eu pago com minha língua mesmo porque você é tudo que eu peço. A gente se vê, se ama, se lambe e se embalsa quando é o tempo de se professar o amor. Não que a gente seja um casal fútil ou promiscuo. Porque o amor não dá intervalo, só eu e você que nos damos de presente a saudade. E eu já me acostumei de sermos assim, como manga madura, que se colhe de tempos em tempos. Porque esse foi o jeito que a gente arrumou, ainda que nada tenha sido dito ou combinado, de sermos pra sempre um para outro. Costumo pensar em você com força e carinho. Com muito amor – o que eu tenho aqui dentro por você. Eu sei que nesses intervalos, alguns que foram mais longos porque a gente se encanta no caminho por outras pessoas, e isso acontece naturalmente. É a vida. É a nossa vida. Mas eu sei também, que tanto em mim quanto em ti alguém do caminho não haverá de roubar a nossa sementinha que dará frutos maduros no coração da gente amanhã. Eu posso caminhar por ai, pelas ruas, pelos bares, conhecer pessoas e me deslumbrar por tudo, mas acontece que acaba e essa vida é tão vazia e meu coraçãozinho de menina faceira sabe sempre pra onde quer voltar. E volto, e você não nega seu colo e sua mão na minha cabeça confusa. Eu não nego que ainda te amo, não nego que ainda vou amar.
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