Sempre me achei diferente de todos. Não, eu não me sentia mais especial que o resto da humanidade. Me sinto diferente porque sempre senti diferente. Falo de intensidade e sensibilidade. Sofri um muito, aprendi em dobro. Descobri que a gente nunca deve insistir em quem só aprendeu a subtrair.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010




Uma vez eu conheci o homem mais bonito do mundo. Eu estava sentada no chão de uma festa. Se tratava do homem mais bonito do mundo, eu não tinha nenhuma dúvida. Quem poderia ser mais bonito do que ele? O Brad Pitt ? Não. Tratava-se do homem mais bonito do mundo. E ele veio falar comigo. E eu estava sentada no chão. E ali mesmo trocamos uns beijos e telefones e confissões e eu lembro que, apesar de estar com muito sono e cansaço e desesperança com a vida, fiquei tentando descobrir o que um homem daquele nível supremo de beleza (um metro e noventa, olhos verdes, cabelos castanhos cacheados, ombros que iam até o Chile) tinha visto numa garota bem mediana que estava sentada no chão. Fiquei 47 dias com o homem mais bonito do mundo. Tudo ia muito bem até que um dia, na fila pra comprar uma bomba de chocolate numa rua de Higienópolis, eu resolvi explodir aquela relação. Ele era tão bonito que me...que me...que...sei lá. Lembro que na hora pensei algo assim “ah, má vá ser bonito assim lá na puta que o pariu”. E ele foi. E eu nunca mais o vi.

Nenhum comentário:

Postar um comentário